SER PROFESSOR - ESCOLA CELSO RAMOS

"Oh Senhor meu Deus! 

Não me desampares agora que estou velho e de cabelos brancos

Livrai-me dos homens ímpios e cruéis, ajuda-me oh Senhor!

Agora que as minhas energias e as minhas forças estão se esvaindo,

Pois os meus inimigos estão me espiando e todos reúnem-se dizendo: 

Deus o desamparou, vamos persegui e derrubá-lo, pois não há quem o salve..."

Parte  do texto  na oração de um ancião  sofredor  e  abandonado pelos seus... Salmo 71

                                               Fonte de imagem  aproximada  Internet 2012

Temos hoje em dia uma velhice que é abandonada pela Igreja de todos os tempos, abandonada  pelo poder público e  abandonada  pela família... 

INTRODUÇÃO  -  CLAMOR  EM CARTA ABERTA DOS PROFESSORES ACTS.

“Dizia o diretor ao aluno Insolente! Com uma das mãos prendendo-me a blusa, e senti o estalar dos botões, e com outra mão me pegou pela nunca, e erguendo-me ao ar  me sacudiu rugindo: Desgraçado ! Desgraçado! Eu  torço-te o pescoço!  Bandido impudente! Confesse-me tudo ou torço-te o pescoço e mato-te! Mas em vez de confessar  o meu  erro oculto, segurei-lhe fortemente pelo bigode. Daí  senti que fervia-me o sangue nas veias, era a excitação do primeiro combate, eu não podia olhar a conveniências de respeito. Esperneei, contorci-me  no espaço como um escorpião pisado. Então diretor arremessou-me  com violência ao chão. E modificando o seu tom de voz disse: Ousaste tocar-me! “ ( Contos em  o Ateneu de Raul Pompéia ) 

Mas em dias atuais são os alunos que adquiriram todos os grandes privilégios nas escolas. E são eles que muitas vezes desrespeitam, humilham e "batem no professor" em sala de aula, como temos visto em muitos relatos de professores(as), pois hoje em dia é o professor que torna-se refém do alunado. E esse fato as vezes é apoiado pelo "staff"da direção escolar. Como professor eu vivi esta situação em algumas escolas onde lecionei. No Brasil a falta de respeito pelos professores mais velhos e experientes na vida torna-se um problema para o nosso estado de SC. E para a Secretaria da Educação, no caso para as GEREDs e (Secretarias Regionais de Educação e da SED SC.) E em especial os professores ACts do estado,o professor mais antigo, ou idoso não é valorizado, e muito pelo contrário, ele é ridicularizado pela direção, porque na visão deles torna-se um peso que deve ser descartado mais rápido possível. E está certo o dizer da professora e escritora Marilena Chauí; "O professor torna-se como uma correia velha dentro uma máquina estatal de engrenagens enferrujadas pelo desgaste e pelo tempo, e que deve ser descartado o mais rápido possível..." Isso é um absurdo, isso é um crime contra a humanidade e contra nós mesmos. Senhores e autoridades do Estado eu lhes pergunto: Aonde queremos ir humilhando  a quem vos ensina com  paciência, carinho e amor  o BÊ-A BÁ da vida e os princípios da vida e ciências....? É a minha pergunta e interrogação que não quer calar.

  
             "Ide pregai e ensinai o evangelho, quem crer e for batizado será salvo..."
                                                         (Jesus Cristo)

I. DA MINHA QUEIXA  E HUMILHAÇÃO

Era março de 2014 eu estava com meus 63 anos de idade e com meus cabelos brancos. Estava desempregado, sem aposentadoria, sem renda e sem dinheiro no bolso e no banco. Mas mesmo assim resolvi enfrentar  os concorrentes bem mais jovens do que eu, enfrentei uma concorrência pública para escolha de vagas como professor ACT do Estado de SC. Como sou formado em Pedagogia Educacional. E eu tinha feito  e  passado no concurso ACT  para as matérias  didáticas do Magistério de segundo grau, e mais precisamente para a matéria  de  Estágio Supervisionado. Como minha matéria de preferência sempre foi  Ensino Religioso nas Escolas de primeiro grau, ou seja , eu lecionava essa matéria desde que comecei minha atividade como professor  concursado em Jaraguá do Sul desde o ano de 1991, e como professor do Estado desde o ano de 2003.

Mas agora eu estava diante de uma situação bem diferente, e minha plateia em sala de aula era um público feminino. Magistério  profissionalizante de segundo grau é um  curso para professores e professoras, mas  em sua maioria é dominado pela classe feminina em sala de aula. E as mulheres por natureza são mais exigentes e perfeccionistas, para elas nada está bom quando é feito por um homem, elas sempre tem uma inovação dos fatos. Eu creio que isso é bom para o avanço da ciência e para o desenvolvimento do ser humano; pois o masculino e feminino se completam em sua natureza. E Foi assim mesmo  que Deus o nosso supremo criador nos criou,  abençoou e disse:” Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele...”  e disse mais o Senhor: “Sede fecundos  e multiplicai-vos e enchei a terra...” . E assim aqui estamos nós na terra homens e mulheres a serviço do reino dos céus.

Mas então voltando ao nosso concurso de professores ACTs., como eu fiquei sem aulas na matéria de Ensino Religioso, resolvi então apelar para a segunda opção e fui para a busca das aulas de Didática e Estágio Supervisionado no Magistério na Escola de Segundo grau chamada Celso Ramos.Peguei a matéria e fui apresenta-me na Escola.Logo na chegada tive uma entrevista com a diretora Claudete, e senti que ela não estava contente com minha presença e queria a todo custo me descartar e transferir a minha disciplina para outra professora.  Era isso que o meu sexto sentido me alertava. Mas como eu não tinha nenhuma outra opção de salário e renda resolvi bater o pé e enfrentar de cara a cara a diretoria e todo Staf  da diretoria da Escola.

E foi  aqui que eu me dei mal, como toda a minha experiência de professor  e habilidade de pastor e  de negociador nada  deu certo, confesso não tive sucesso. Fui perseguido pela direção da Escola o ano inteiro. Como a minha disciplina exigia que eu  fizesse  o acompanhamento de estágio nas Escolas e Creches  do Município de Joinville e região, eu precisava  pegar o ônibus para me deslocar  para as Escolas e não recebia nenhum apoio para os passes de ônibus na visitação e acompanhamento do Estágio. Somente para se ter uma ideia, eu precisava  tomar  em alguns dias cinco a seis ônibus e não recebia os passes. Enquanto que os alunos de baixa renda recebiam os passes ônibus, nós como professores ACTs. não recebíamos  nada. Especialmente nós do Estágio Supervisionado que deveríamos acompanhar os alunos e alunas. Então quando chegava atrasado que muitas vezes não  podia mais gastar dois passes para retornar a Escolas Celso Ramos que ficava fora de mão, a diretora Claudete nos presenteava com desconto de falta no meu salário, tinha mês que a diretoria descontava com faltas de meu salário R$ 120.00 mensal. Para quem ganha R$ 1.800,00 mensal, 120,00 faz um grande rombo no orçamento familiar.E outra coisa a diretoria queria a todo custo me descartar e me despedir  de qualquer jeito.A diretora que tinha a formação de psicóloga  chamava-me constantemente  em sua sala e fazia interrogatórios de uma hora somente para me humilhar e fazer desistir das aulas como professor ACTs. e passar a vaga para oura professora  de sua confiança. Eu era humilhado nas reuniões do Conselho de Classe, a diretoria chamava  umas meninas que não gostavam de mim como professor para me incriminar diante do Conselho de Classe. E Parece que tudo é feito para humilhar os nossos professores e em especial os nossos professores ACTs.

• Assim estou de acordo com a professora Joana.
  Creio que pude ler e reler os passos da Educação no Brasil, e as dificuldades e avanços e retrocessos em nossa história brasileira.
• Fico pensando em como é difícil se fazer o bem para o serviço da cidadania.
  Como as nossas leis ora avançam e ora retrocedem com respeito a educação. Sempre temos os inimigos da educação, inimigos ocultos e inimigos visíveis que, muitas vezes são o próprio estado, líderes políticos, o partido político, regimes ditaduras, religiosos, diretores (as),a nossa ignorância, a nossa preguiça mental e outros inimigos que devem ser denunciados, caso contrário, não teremos sucesso em nossa educação . Pois sente sentido assim se manifesta a escritora e educadora Marilena Chauí:

“A docência é entendida como transmissão rápida de conhecimentos, que são consignados em manuais de fácil leitura para os estudantes, de preferência, ricos em ilustrações e com duplicatas em CDs (...) assim é pensada como habilitação para os graduados, que precisam entrar rapidamente num mercado de trabalho do qual serão expulsos em poucos anos, pois tornam-se, em pouco tempo jovens obsoletos e descartáveis, como correia de transmissão entre pesquisadores e treino de novos pesquisadores” (...)

• Em Marilena Chauí e a Reforma do Estado Brasileiro e de como (Estado) pretende modernizar e racionalizar as atividades estatais e em especial a nossa “Educação” brasileira.

II . DOS FATOS E PERSEGUIÇÃO AO PROFESSOR IDOSO

Lembro-me ainda desse fato,  era a semana santa e nós professores resolvemos fazer uma oração da semana santa,o prof.Mário, professor Ezequiel, prof. Nilson que me acompanhavam nesse programa de oração, e essa atividade foi feita na sala dos professores da Escola Celso Ramos: Quando chegou a minha vez falar; eu fiz a oração e aproveitei para contar a minha experiência como pastor evangelista na cidade de Ponta Grossa. E nesse momento e contei  o caso de um homem  com deficiência e doente mentalmente, e que andava gritando e pedindo ajuda a todos na cidade, e durante dia e noite fazia isso, e andava  pela cidade de Imbituva PR. E certo dia eu acompanhei-o , para ver  aonde ele ia ao anoitecer, e vi que o mesmo entrou no cemitério e foi dormir em cima de um túmulo, e depois de um tempo descobri que esse túmulo era de sua mãe. E lá ele aquietava-se  e dormia por um momento.  E depois de um mais algum tempo esse mesmo homem morreu. E na mesma cidade após sua morte, nenhuma igreja da cidade queria se comprometer com seu corpo, e fazer um velório respeitável. E assim nem um outro pastor, padre queriam fazer o seu ofício fúnebre; E nenhuma igreja queria se comprometer e  fazer o seu  enterro. E assim desanimados  os seus familiares vieram até a mim e pediram que eu fizesse  o  enterro  desse cidadão indigente; E depois de fazer esse ato fúnebre  a sua família me agradecia e o carinho que os mesmos me receberam como pastor amigo e bem vindo em nome de Cristo. Eu sentia uma alegria sem fim em meu interior. 

E terminei falando sobre a semana santa que é tempo de Jejum orações, e reflexão sobre o terma : “A Pedagogia da Cruz” e em comparação eu falava que todos nós temos uma  cruz para carregar dentro de nós mesmos em nome de Cristo. Pois o mesmo Cristo disse aos seus discípulos; Aquele que quiser ser seu discípulo e seguir-me, a si mesmo se negue e tome a sua cruz e siga-me. Desde esse dia em diante eu vi que a diretora tinha mudado a sua feição e já não me via com bons olhos. E sentia que a perseguição da direção contra minha pessoa tinha começado para valer. Eu  Estava como se diz o ditado popular: “remando contra a maré...”.  E falando em Pedagogia do oprimido de Paulo Freire, estou sentindo na própria carne a Pedagogia de Cruz dentro de uma escola que eu sou professor em vias de aposentação. Sinceramente não dá para entender uma coisa assim.

Mas pensava comigo mesmo: Onde está o respeito pelo professor  idoso, afinal já estou com meus 64 anos de idade. Mas a própria diretoria da Escola não levou nada disso em conta. Uma Escola do Estado que deve zelar, ensinar e cumprir o estatuto do idoso. E isso deve ser ensinado continuamente aos alunos,todo o alunado deve aprende e sentir isso na prática do dia a dia.Afinal, aonde está o respeito por nós, em se tratando de professor que está em vésperas de aposentação e recebimentos de todos os benefícios...? Nada disso foi levado em conta. Afinal todos nós um dia seremos idosos e ficaremos velhos. Uma Escola Estadual de destaque na cidade, que leva o nome de um governador de destaque no cenário político estadual, é uma Escola centenária,  e tem um nome na história DA EDUCAÇÃO de Joinville  para zelar, e para ser respeitado. Mas maltrata e humilha os seus professores idosos e em via de aposentação. Isso é um absurdo, isso é insustentável.

III.  DENÚNCIA -  PROFESSOR IDOSO  PRETERIDO EM CONCURSO PÚBLICO 
  

Esperando pela aposentadoria. Será que eles não leram ou se esqueceram do estatuto do idoso que diz: 

 Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;

II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;

III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;

IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;

V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;

VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;

VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;

VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.

IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

No ano de 2015 fiz o mesmo concurso e acabei  ficando sem aula na disciplina de Ensino Religioso. E como de costume em segunda chamada fui para a concorrência pública para escolha de vagas que foi feito em uma sala da Gered- Joinville. (Gerência  Regional de Educação da cidade Joinville – SC) Quando cheguei na sala a direção da mesa anunciou que se daria a escolha da vaga de Estágio Supervisionado no Magistério de Segundo Grau para a Escola Celso Ramos. A direção da mesa chamava pelo microfone os professores interessados nessa matéria e vi que não havia ninguém disputando comigo a vaga. Então eu me apresentei e apresentei os documento e peguei a vaga da matéria. E me apresentei na Escola Celso Ramos. E para minha frustração a diretoria quando me viu já me advertia de que a vaga estava preenchida por uma outra professora. Mas como protestei, denunciei  a diretora no sindicato dos professores etc. Mas nada fez a escola mudar de ideia. Então resolvi apelar para a justiça e entrei com Mandato de Segurança, mas até agora não tive uma resposta. Estamos no aguardo da decisão da Justiça trabalhista. Vejo que  a direção não respeitou  a minha experiência de professor de cabelos brancos e muito pelo contrário, não tiveram a paciência para comigo.

E enquanto as leis protegem em excesso os nossos funcionários concursados e demais funcionários Públicos comissionados,políticos;vereadores,deputados estaduais,deputados federais, senadores, prefeitos,governadores etc.E assim todos eles recebem todas as benesses do Estado.E mais, recebem todas as garantias trabalhistas,mais plano de Saúde em geral ou da Unimed, férias, comissões, viagens de aviões, hotéis,viagens ao exterior etc.Mas na contra-mão estamos nós os funcionários e professores temporários e chamados de ATCs. E assim não possuímos nenhuma garantia e somos desprezados pelos órgãos do Estado,e que muitas vezes somos perseguidos e nos é vedado qualquer direito trabalhista e até mesmo em caso do acidente de trabalho. Mas na hora do trabalho temos que trabalhar dobrado e somos vigiados pelo nosso desempenho em nossa função. Caso contrário, no próximo ano o nosso contrato não será renovado. Mas em se tratando de apoio e garantias trabalhistas tudo nos é vedado. Mas para os professores funcionários ACTs. nada! Tudo nos é negado. Perguntamos aos nossos órgãos do Estado; onde está o cumprimento de nossa Legislação brasileira e em nossa carta magna que está escrito e disposto o artigo que diz; ..."de que todos nós somos iguais perante a Lei". Onde está a nossa justiça social e a  justiça para  que defenda os nossos direitos trabalhistas?

Mas vencido o prazo de meu contrato em Junho na GERED - Joinville, logo após meu acidente de trabalho em 2013 sou despedido automaticamente, sem nenhum direito de acidentado por parte da Gerência de Educação local. E gora recebo mais essa humilhação por parte da Gered e da Escola Celso Ramos. Mas mesmo assim eu fui até a Gerencia de Educação local e insisti com eles. Mas não tive sucesso, e nada consegui em prol de minha causa de funcionário acidentado. E assim fiquei revoltado com essa situação de menosprezo por parte da Gered a nossa classe do professores ACTs. E em seguida fui até o nosso sindicado, ou melhor dizendo sindicato dos professores e chamado de SINTE-SC na região de Joinville. Foi quando eles me mostraram que há uma lei trabalhista antiga que rege as normas dos operários que se acidentam em seu seu local de trabalho e bem como em seu percurso de trabalho. E em seguida me deram uma carta de intermediação para  notificar a GERED de meus direitos trabalhistas e citando as leis da Justiça de Trabalho. Por outro lado gostaria de dizer que eu sempre gostei e continuo gostando de ensinar. Mas algumas  injustiças contra nós professores e na valorização da educação é intrigante e deixa os nossos professores revoltados contra o sistema que não quer reconhecer o valor do professorado.

MINHA ALEGRIA EM ENSINAR 

Pois assim se expressa o professor e educador Rubem Alves em seu livro :

A Alegria em Ensinar, “ (...) chega o momento em que o mestre e o discípulo devem separar-se, o mestre olha bem no fundo dos olhos do aluno e lhe diz: Veja eu lhe ensinei tudo o que sabia, agora vou lhe ensinar o que eu não sei – volta-se para o outro lado do mar e lhe mostra todos os perigos dos mapas que não foram vistos, que não foram pesquisados, ali lhe mostra os mapas da terra..., mapas da alma..., mapas do céu..., e lhe acrescenta – tudo isto é terra virgem, ninguém pesquisou e nem andou por estes caminhos.

Assim nasceu a pesquisa, assim nasceu a ciência, assim nasceu a sabedoria”.(...). Agora juntos por um tempo descobrem, professor e alunos caminham juntos e juntos devem aprender sempre. Ao mesmo tempo em que o nosso mestre já cansado pelo tempo e pela vida, sabe que não pode mais caminhar junto do seu alunado, o mestre desabafa cansado - aqui é o meu limite- o aluno compreenderá de que deverá avançar mais e descobrir um mundo divino e infinito, o mestre re-descobre a alegria em ensinar e o aluno re-descobre a alegria de aprender sempre.

È certo o ensino do grande mestre Apóstolo Paulo que já velho e cansado pela vida, escreve sua carta a Igreja dos cientistas gregos, que estavam inchados pela sua “falsa ciência” e lhes diz mais: “Ainda que eu conheça todos os mistérios e toda a ciência..., mas seu eu não possuir o amor como educador e professor, nada se aproveitará” (...) bíblia, carta de Paulo aos Corintios capitulo 13:1-13. A ciência sem amor nos mata de enfado.

O apóstolo dá-nos um recado especial aos nossos professores, educadores e mestres que antes de tudo, devemos possuir amor no coração, e saber amar a sua vocação, amar a vida, Amar a Deus de todo o coração, para assim ter forças e poder ensinar com alegria. Agindo assim, creio eu teremos menos fuga e evasão de alunos de nossas salas de aula. 

prof.Alfonso Czaplinski