Introdução ao tema
Irmãos e amigos o nosso
tema é intrigante, exige muito
estudo bíblico, busca
do que os autores cristãos
sérios disseram no passado, autores do
presente, autores do
passado da igreja
já disseram, e o que
já escreveram sobre
esse tema tão antigo e
tão atual chamado de
céu e inferno? Para onde
vamos todos nós? Eis a pergunta sem resposta.
Esse tema intrigante, já faz muito tempo que estou querendo escrever, mas não conseguia, me sentia incomodado em minha consciência para escrever algo assim sobre esse assunto. Mas sempre havia deixado de lado. E durante a noite vinham os fantasmas em minha mente, me atacavam dizendo que eu deveria escrever, então comecei a procurar algum material para tal artigo, e quando ia tentar escrever sobre o mesmo tema, eu era desviado para outro tema, e assim nunca conseguia terminar o meu estudo sobre o tal assunto. Então comecei a orar e pedir a direção divina.
Até que um dia em férias, fui a Curitiba e cheguei a biblioteca Pública do Paraná, e me sentei tranquilamente lá, e comei a busca, e lendo os livros, li alguns livros, fui buscando os assuntos e os livros que falavam sobre a filosofia e sobre a teologia, quando de repente eu avisto o livro “Sermões do padre Vieira", e quando abri o tal livro eu me deparei com o sermão intitulado de os "Decretos horríveis de Deus", e a mensagem falava sobre o Inferno esse lugar terrível ou um lugar de recuperação para homens e para anjos decaídos na rebelião de Lúcifer.
Abaixo imagem da disputa pela nossa alma o bem o mal
Fonte Internet 2015
Esse tema intrigante, já faz muito tempo que estou querendo escrever, mas não conseguia, me sentia incomodado em minha consciência para escrever algo assim sobre esse assunto. Mas sempre havia deixado de lado. E durante a noite vinham os fantasmas em minha mente, me atacavam dizendo que eu deveria escrever, então comecei a procurar algum material para tal artigo, e quando ia tentar escrever sobre o mesmo tema, eu era desviado para outro tema, e assim nunca conseguia terminar o meu estudo sobre o tal assunto. Então comecei a orar e pedir a direção divina.
Até que um dia em férias, fui a Curitiba e cheguei a biblioteca Pública do Paraná, e me sentei tranquilamente lá, e comei a busca, e lendo os livros, li alguns livros, fui buscando os assuntos e os livros que falavam sobre a filosofia e sobre a teologia, quando de repente eu avisto o livro “Sermões do padre Vieira", e quando abri o tal livro eu me deparei com o sermão intitulado de os "Decretos horríveis de Deus", e a mensagem falava sobre o Inferno esse lugar terrível ou um lugar de recuperação para homens e para anjos decaídos na rebelião de Lúcifer.
Abaixo imagem da disputa pela nossa alma o bem o mal
Fonte Internet 2015
E no mesmo sermão o autor falava sobre o
Inferno. E continuo lendo
e pesquisando quando
para minha surpresa eu avisto o livro
dos “Apócrifos da
bíblia” e continuo lendo e
relendo e descubro
o livro do Evangelho de Nicodemus
e toda patrística da igreja do
primeiro século, que nos falam
sobre a “Descida
de Cristo a Mansão
dos Mortos ou
ao Inferno”. E daí
surgiu uma pergunta: mas
o que Cristo foi
fazer lá no
inferno logo após a sua
morte? Ele não deveria
ir aos céus
e descansar ao
lado e a direita de Deus, e gozar
de umas boas e
longas férias?
Mas não, não foi o que aconteceu, os evangelhos todos nos dizem que ele morto-vivo foi para lá, foi para o inferno para soltar as almas que Satanás havia prendido e condenado por tantos milênios. Imaginemos irmãos; Desde Adão até Cristo pelos cálculos nós temos em média seis mil anos , ora são seis mil anos de trevas, condenação e prisão. É muito tempo que todas as almas penadas da humanidade ficaram trancafiadas nas garras de Satanás, nas penitenciárias celestes e terrestres. E assim se expressa o apóstolo Pedro em sua primeira carta a igreja do primeiro século e escreve dizendo;
E no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, que há muito tempo desobedeceram, quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé, enquanto a arca era construída. Nela apenas algumas pessoas, a saber, oito, foram salvas por meio da água... (I Pedro 3:19-20)
E Jesus Cristo não perde tempo, ele é enterrado e logo desce até o inferno para arrancar das mãos do inimigo as “almas que são penadas” isto é , almas que foram para o inferno sem a justa condenação, almas que pertencem a Cristo. E o evangelho nos diz de que ele vai e arranca os ferrolhos das portas da morte e invade o inferno e arranca a todos dali. E assim nos diz o livro de \Mateus.
Mas não, não foi o que aconteceu, os evangelhos todos nos dizem que ele morto-vivo foi para lá, foi para o inferno para soltar as almas que Satanás havia prendido e condenado por tantos milênios. Imaginemos irmãos; Desde Adão até Cristo pelos cálculos nós temos em média seis mil anos , ora são seis mil anos de trevas, condenação e prisão. É muito tempo que todas as almas penadas da humanidade ficaram trancafiadas nas garras de Satanás, nas penitenciárias celestes e terrestres. E assim se expressa o apóstolo Pedro em sua primeira carta a igreja do primeiro século e escreve dizendo;
E no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, que há muito tempo desobedeceram, quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé, enquanto a arca era construída. Nela apenas algumas pessoas, a saber, oito, foram salvas por meio da água... (I Pedro 3:19-20)
E Jesus Cristo não perde tempo, ele é enterrado e logo desce até o inferno para arrancar das mãos do inimigo as “almas que são penadas” isto é , almas que foram para o inferno sem a justa condenação, almas que pertencem a Cristo. E o evangelho nos diz de que ele vai e arranca os ferrolhos das portas da morte e invade o inferno e arranca a todos dali. E assim nos diz o livro de \Mateus.
“E Jesus
Clamando em grande
voz entregou o espírito: E eis que o
véu do
santuário se rasgou em duas partes, do alto a
baixo, a terra tremeu, fenderam-se as
rochas. Abriram-se os sepulcros e
muitos corpos dos
que dormiam ressuscitaram, e saindo dos
seus sepulcros depois da ressurreição
apareceram a muitos na cidade santa ...” ( Mateus
27:50-52)
E a partir desse momento
Cristo assume diretamente
o julgamento das
almas humanas e
assume o comando do
Céu mas também do Inferno. E quando ele aparece diante
do trono do apocalipse, Cristo se apresenta
como aquele esteve morto mas que agora está vivo, e que agora tem as
chaves da morte
e do inferno, dizendo eu
sou o primeiro e sou
o último, eu tenho
as chaves da
morte e do inferno.
Sabei quem é
Jesus Cristo. Apocalipse
(1:17-19)
E em seguida
vem a advertência
da palavra de
Cristo ao evangelista João no apocalipse dizendo; o que vês escreve
e manda as igrejas,e o voz nos fala mais no
texto dizendo: Bem-aventurados são aqueles
que escrevem, bem-aventurados são os que leem e bem-aventurados são os
que ouvem... e os que praticam o que
os santos evangelhos
nos ensinam, pois o tempo de sua segunda vinda está próximo... (Ap.1:3-4)
E daí surge
a pergunta para onde estamos indo todos nós...? Para o céu ou para o inferno? O céu
realmente existe é a pergunta de muitos ? E o
inferno fica aonde ? O inferno fica lá embaixo..-----.? E o céu fica lá em cima? São perguntas intrigantes e intermináveis. E também surge
a pergunta : Quanto infernos
há ? Três tipos de inferno; Lugar
de densas trevas, Lago de fogo, ou separação da graça de Deus em Cristo.
Mas o que significa a palavra inferno, ou Geena? Um lugar de mortos, dores, tormentos e aflições etc. E surge mais uma pergunta, quem cuida do inferno? Deus ou Satanás? E essas almas tem recuperação? Para quem entra lá ou para quem vai o inferno? Inferno é um lugar de tormento apenas, ou um lugar para recuperar as almas penadas ou almas perdidas? E céu quantos tipos de céu existe ? Paulo apóstolo nos diz que ele voou até o terceiro céu, em sua divisão imaginária ele nos diz que havia três tipos de céus.. E da mesma forma parece que há três tipos de inferno? Sim ou não, eis a questão. Mas sobre esse tema há muita coisa escrita e muita coisa que não se descreve a realidade ou há exageros. O que nossa civilização está acostumada em ouvir sobre esse tema, mas tudo é superficial, nada preenche a sede do que realmente significa o “céu” ou que significa “ inferno” no dizer bíblico.
Mas o que significa a palavra inferno, ou Geena? Um lugar de mortos, dores, tormentos e aflições etc. E surge mais uma pergunta, quem cuida do inferno? Deus ou Satanás? E essas almas tem recuperação? Para quem entra lá ou para quem vai o inferno? Inferno é um lugar de tormento apenas, ou um lugar para recuperar as almas penadas ou almas perdidas? E céu quantos tipos de céu existe ? Paulo apóstolo nos diz que ele voou até o terceiro céu, em sua divisão imaginária ele nos diz que havia três tipos de céus.. E da mesma forma parece que há três tipos de inferno? Sim ou não, eis a questão. Mas sobre esse tema há muita coisa escrita e muita coisa que não se descreve a realidade ou há exageros. O que nossa civilização está acostumada em ouvir sobre esse tema, mas tudo é superficial, nada preenche a sede do que realmente significa o “céu” ou que significa “ inferno” no dizer bíblico.
I. O INFERNO E OS
CONDENADOS - DEUS TEM
PRAZER QUE TODO
PECADOR SE ARREPENDA... A DIVINA COMÉDIA DE DANTE ALIGUIERI
3. O inferno interior e o lago de fogo - Na definição de Vieira o inferno - Ali arde o ódio, morde-se a inveja, escuma a ira, a desesperação da raiva, grita furiosa a dor dos condenados, desafoga-se sem nunca desafogar-se, converte-se a vingança em injúrias, em opróbrios, em maldições contra o sempre e mais e mais odiado Deus e amados Deus. De todos os seus atributos e de todos os benefícios divinos se ouve ali em desentoados clamores a sua afronta, a justiça se chama injusta, a bondade se transforma iníqua, a misericórdia se torna cruel, a liberdade fica avara, a piedade ímpia, a sabedoria se torna em ignorância, e até a onipotência se torna fraca e covarde, como empregada somente aos manietados e miseráveis. No Pai se blasfema a sua criação, no Filho a redenção, no Espírito Santo a justificação e a graça, e na humanidade sacrossanta a humildade, a pobreza, a paciência, a obediência, a cruz de Cristo, e o mesmo sangue pago com seu infinito preço, derramado para apagar as mesmas chamas do inferno que as acende, que as atiça, que assopra sempre mais e mais. Amigos e irmãos esta é a suma dissonância que lá há no mesmo inferno, é suma confusão das almas penadas, e sua desordem que nos fala e considerava Jó em seu sofrimento. E porque há uma tal desordem no mesmo inferno? E totalmente infernal como concebida e não proveniente da divina justiça de Deus, senão que é proveniente da maldade dos mesmos condenados, por isso que com igual propriedade que do inferno se tira como lição o sumo horror...”
"A Divina Comédia propõe que a Terra está no meio de uma
sucessão de círculos concêntricos que formam a Esfera armilar e o meridiano
onde é Jerusalém hoje, seria o lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas
mais superiores e que fez da Terra Santa o Portal do Inferno. Portanto o
Inferno, responderia pela depressão do mar Morto onde todas as águas convergem,
e o Paraíso e o Purgatório seriam os segmentos dos círculos concêntricos que
juntos respondem pela mecânica celeste e os cenários comentados por Dante num
poema que envolve todos os personagens bíblicos do antigo ao novo testamento
são costumeiramente encontrados nas entranhas do inferno sendo que os
personagem principais da Divina Comédia são o próprio autor, Dante Alighieri que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia
e mentor nessa empreitada é Virgílio o próprio autor da Eneida".
Dante e Virgílio chegam ao vestíbulo do Inferno (que tem
nove círculos). Entre o vestíbulo e o 1 Círculo, está o rio Aqueronte, no qual
se encontra Caronte, o barqueiro que faz a travessia das almas. Porém Dante é
muito pesado para fazer a travessia no barco de Caronte, pelo fato de ser vivo.
Porém, Virgílio adverte o mitológico barqueiro de que a travessia do rio
através de seu barco é mister devido a uma ordem celeste. É através deste barco
que Virgílio e Dante atravessam o rio.
1.O limbo é o local onde as almas que não puderam escolher a
Cristo, mas escolheram a virtude, vivem a vida que imaginaram ter após a morte.
Não têm a esperança de ir ao céu pois não tiveram fé em Cristo. Aqui também
ficam os não batizados e aqueles que nasceram antes de Cristo, como Virgílio.
Na mitologia clássica, o Limbo não fica no inferno, mas suspenso entre o céu e
o mundo dos mortos. Na poesia de Dante não se tem uma noção precisa de como se
chega lá, pois o poeta desmaia no ante-inferno e quando acorda já está no
Limbo, o primeiro círculo infernal.
No Limbo, Dante encontra Homero (século IX a.C. ou século
VIII a.C.) a quem tradicionalmente se atribui a autoria dos poemas épicos
Ilíada, que narra a queda de Troia, e Odisseia, que narra o retorno de Ulisses
da guerra de Troia e suas viagens; Ovídio (43 a.C. a 17 d.C.) poeta romano
autor de várias obras, entre as quais obras de mitologia como: Metamorfoses; e
Horácio (65 a.C. a 8 d.C.) poeta romano lírico e satírico, autor de várias
obras primas da língua latina, entre as quais Ars Poetica.
2.Segundo Dante o Purgatório é um espaço intermediário entre
o Paraíso e o Inferno, que se encontra na porção austral, do planeta onde
existe uma única ilha, Dante encontra nesta ilha uma montanha composta por
círculos ascendentes, reservado àqueles que se arrependeram em vida de seus
pecados e estão em processo de expiação dos mesmos. No Purgatório as almas
assistem às punições das outras almas que por pecarem mais
"intensamente" foram para o Inferno.
No início da subida da montanha estão esperando arrependidos
tardios, que têm que aguardar a permissão para passarem pela Porta de São Pedro
antes de iniciarem sua ansiada subida. Cada um dos sete círculos correspondem a
um dos Sete pecados capitais, na seguinte ordem: Orgulho, Inveja, Ira,
Preguiça, Avareza junto ao Pródigo, Gula e Luxúria. Os Avarentos e Pródigos
estão juntos no mesmo círculo, pois são os dois extremos, onde o avarento
supervaloriza o dinheiro e o Pródigo o desperdiça.
No fim do Purgatório, Dante se despede de Virgílio, pois
este não pode ter acesso ao Paraíso. Lá encontra Beatriz, sua amada quando
estava na Terra. Esta o leva até o rio Lete. Quando Dante bebe a água do Lete,
esta apaga a sua memória, seus pecados, é como se Dante tivesse renascido.
Existe uma lenda que diz que o Paraíso fica entre o rio Tigre e o Eufrates.
Quando Dante vê o rio, ele julga ser o Tigre, no atual Iraque. Finalmente,
Dante chega ao Paraíso.
3. O inferno interior e o lago de fogo - Na definição de Vieira o inferno - Ali arde o ódio, morde-se a inveja, escuma a ira, a desesperação da raiva, grita furiosa a dor dos condenados, desafoga-se sem nunca desafogar-se, converte-se a vingança em injúrias, em opróbrios, em maldições contra o sempre e mais e mais odiado Deus e amados Deus. De todos os seus atributos e de todos os benefícios divinos se ouve ali em desentoados clamores a sua afronta, a justiça se chama injusta, a bondade se transforma iníqua, a misericórdia se torna cruel, a liberdade fica avara, a piedade ímpia, a sabedoria se torna em ignorância, e até a onipotência se torna fraca e covarde, como empregada somente aos manietados e miseráveis. No Pai se blasfema a sua criação, no Filho a redenção, no Espírito Santo a justificação e a graça, e na humanidade sacrossanta a humildade, a pobreza, a paciência, a obediência, a cruz de Cristo, e o mesmo sangue pago com seu infinito preço, derramado para apagar as mesmas chamas do inferno que as acende, que as atiça, que assopra sempre mais e mais. Amigos e irmãos esta é a suma dissonância que lá há no mesmo inferno, é suma confusão das almas penadas, e sua desordem que nos fala e considerava Jó em seu sofrimento. E porque há uma tal desordem no mesmo inferno? E totalmente infernal como concebida e não proveniente da divina justiça de Deus, senão que é proveniente da maldade dos mesmos condenados, por isso que com igual propriedade que do inferno se tira como lição o sumo horror...”
E Deus não
julga por aparência, mas Deus
julga a todos os atos
humanos pela realidade
dos fatos e Deus
também não tem pressa
em julgar a
ninguém, ele dá o tempo
necessário para que
todo o pecador se
arrependa do mal.
“ Visto que não se
executa logo a sentença sobre a
má obra, o coração dos filhos dos homens
está inteiramente disposto a praticar o mal. E ainda que o pecador faça o mal cem vezes e os
dias se lhe prolonguem eu
sei com certeza que
bem sucede aos que temem a Deus .” Palavras do
rei Salomão no livro
de Eclesiastes ( Ecl. 8:11-12)
A Descida de Cristo ao
Inferno - Segundo
a versão da patrística grega – Apócrifos da bíblia e outros
epígrafos.
Apresentação do tema:
Os Evangelhos Apócrifos mostram uma versão diferente das enunciadas pela
Igreja Católica na questão sobre Jesus Cristo em sua vida é nos seus
ensinamentos.E ao ler os Evangelhos Apócrifos percebi que são grandes
patrimônios históricos da humanidade e que foram frutos das primeiras
comunidades Cristãs e possuem influências gregas, egípcias, judaicas etc. E que em alguns Evangelhos Apócrifos que citam Jesus de
Nazaré e a sua doutrina são fantasiosos e outros Evangelhos Apócrifos até
ultrapassam os Evangelhos Oficiais e que
vem somar aos ensinamentos de Jesus Cristo e completando grandes lacunas que
existem atualmente. Os Evangelhos Apócrifos eram aceitos por diversas
comunidades católicas de todo o Império Romano e a definição dos evangelhos que
seriam verdadeiros e os tidos apócrifos começaram com o Imperador Constantino
(272-337) e terminaram com o Decreto Gelasiano (492-496).
O Fundamentalismo religioso da Igreja Católica através da
Santa Inquisição varreu e queimou grande parte destes evangelhos tidos como
apócrifos e perseguiu implacavelmente no decorrer dos séculos os ensinamentos
que eram contra a Cúria Romana. Acredito que as palavras do Nazareno foram sufocadas pelo
imediatismo ou pela política dos poderosos de todas épocas, aonde a bíblia e os
seus escritos tinham que se amoldar a Teologia dominante da Igreja Católica e da patrística da igreja,
mais os ecos da verdade que são representados pelo Sermão da Montanha,
representam a essência das palavras de Jesus Cristo de Nazaré.
II.DESCIDA DE CRISTO AO INFERNO - Tudo acontece como na divina comédia de Dante Aliguieri. Dois
textos apócrifos constituem o Evangelho de Nicodemus: Atos de Pilatos e Descida
de Cristo ao Inferno. Em sequencia do outro e o completa, embora escritos em
épocas diferentes. Justino, em 150, menciona em seus escritos um texto chamado
Atos de Poncio Pilatos, narrando os
acontecimentos posteriores à Crucificação.
Então José disse: "E por que vos admirai de que Jesus
tenha ressuscitado? O admirável não é isto; o admirável é que não somente ele
ressuscitou, como também devolveu a vida a um grande número de mortos, que há
muito não são vistos em Jerusalém. E se não conheceis os outros, conheceis sim,
pelo menos, Simeão, aquele que tomou Jesus nos braços, assim como também seus
dois filhos, que igualmente foram ressuscitados. Pois a esses, há pouco tempo,
nós mesmos demos sepultura, e agora podem contemplar seus sepulcros abertos e
vazios, e estão vivos e morando em Arimatéia". Enviaram, então, algumas
pessoas e comprovaram que os sepulcros estavam abertos e vazios. José então
disse: "Vamos a Arimatéia e veremos se os encontramos". E
levantando-se os pontífices Anás, Caifás, José, Nicodemus, Gamaliel, e outros
em sua companhia, foram até Arimatéia onde encontraram aqueles a quem José se
havia referido. Fizeram, então, orações e abraçaram-se mutuamente. Depois
regressaram a Jerusalém em sua companhia e os levaram até a sinagoga. E, ali
postos, fecharam as portas, colocaram o Antigo Testamento dos judeus no cento e
os pontífices disseram-lhes: "Queremos que jureis pelo Deus de Israel e
por Adonai, para que assim digais a verdade, de como haveis ressuscitado e quem
é aquele que vos tirou de entre os mortos". Quando os ressuscitados
ouviram isto, fizeram sobre suas faces o sinal da cruz e disseram aos
pontífices: "Dai-nos papel, tinta e pena". Trouxeram-lhes e,
sentando-se, escreveram da seguinte maneira: Oh, Senhor Jesus Cristo,
ressurreição e vida do mundo! Dai-nos a graça para fazer nosso relato da tua
ressurreição e das maravilhas que fizeste no Inferno. Nós estávamos, então, no
Inferno em companhia de todos os que haviam morrido desde o princípio.
E na hora da
meia-noite amanheceu naquelas trevas, algo assim como a luz do sol, e com o seu
brilho fomos todos iluminados e pudemos ver-nos uns aos outros. E ao mesmo
tempo o nosso pai Abraão, os patriarcas e profetas e todos em uníssono
regozijaram-se e disseram entre si: "Esta luz provém de um grande resplendor".
Então o profeta Isaías, ali presente, disse: "Esta luz provém do Pai, do
Filho e do Espírito Santo; sobre ela ou profetizei, quando ainda estava na
terra, desta maneira: "Terra de Abulão e terra de Neftali, o povo que
estava sumido nas trevas viu uma grande luz'. Depois surgiu do meio um asceta
do deserto, e os patriarcas perguntaram-lhe: "Quem sois?" Ele
respondeu: "Eu sou João, o último dos profetas, aquele que preparou os
caminhos do Filho de Deus e pregou a penitência ao povo para remissão dos
pecados. O Filho de Deus veio ao meu encontro e, ao vê-lo de longe, disse ao
povo: "Eis aqui o cordeiro de Deus, aquele que tira os pecados do mundo'.
E com minha própria mão batizei-o no rio Jordão e vi o Espírito Santo em forma
de pomba que descia sobre ele. E ouvi também a voz de Deus Pai, que assim
dizia: "Este é meu Filho, o amado, o que me agrada'.
E por isso mesmo também enviou-me a vós para anunciar-vos a
chegada do Filho de Deus unigênito a este lugar, a fim de que aquele que
acreditar nele seja salvo, e quem não acreditar, seja condenado. Por isto
recomendo a todos que, enquanto o virdes, adoreis somente a ele, porque esta é
a única oportunidade de que dispondes para fazer penitência pelo culto que
rendestes aos ídolos enquanto vivíeis no mundo vil de antes e pelos pecados que
cometestes; isto já não poderá ser feito em outra ocasião. Ao ouvir o primeiro
a ser criado e pai de todos a instrução que João estava dando aosque se
encontravam no inferno, disse Adão ao seu filho Seth: "Meu filho, quero
que diga são os pais do gênero humano e aos profetas para onde eu o enviei
quando caí no transe da morte". Seth disse: "Profetas e patriarcas,
escutai: meu pai Adão, a primeira das criaturas, caiu uma vez em perigo de
morte e enviou-me para fazer orações a Deus muito próximo da porta do paraíso,
para que me fizesse chegar por meio de um anjo até a árvore da misericórdia, de
onde haveria de tomar do óleo, para com ele ungir meu pai para que assimile
pudesse recuperar-se de sua doença. Assim fiz. E, depois de fazer minha oração,
um anjo do Senhor veio e disse-me: "Que pedes, Seth? Buscas o óleo que
cura os doentes ou a árvore que o distila para a doença do teu pai? Isto não
pode ser encontrado agora. Vai, pois,e diz ao teu pai que depois de cinco mil e
quinhentos anos, a partir da criação do mundo, haverá de descer o Filho de Deus
humanizado; Ele encarregar-se-á de ungi-lo com este óleo, e teu pai
levantar-se-á; e, além disso, purificá-lo-á, tanto a ele quanto aos seus descendentes
com água e com o Espírito Santo; e então, sim, ver-se-á curado de todas as doenças,
porém, por agora, isto é impossível'. "Os patriarcas e profetas que
ouviram isto alegraram-se grandemente.
E, enquanto estavam
todos se regozijando desta forma, Satanás, o herdeiro das trevas, veio e disse
ao Inferno: "ó tu, devorador insaciável de todos, ouve minhas palavras:
anda por aí um certo judeu, de nome Jesus, que chama-se a si mesmo Filho de
Deus; mas, como é um homem puro, os judeus deram-lhe a morte na cruz, graças à
nossa cooperação. Agora, então, que acaba de morrer, estejas preparado para que
possamos colocá-lo aqui bem aprisionado; pois eu sei que não é mais do que um
homem, e ouvi-o até dizer: "Minh 'alma está triste por causa da morte'.
Sabes, além disso, que ele me causou muitos danos no mundo enquanto vivia entre
os mortais, pois aonde quer que eu encontrasse meus servos, ele os perseguia; e
todos os homens que eu deixava mutilados, cegos, coxos, leprosos ou algo
semelhante, ele os curava somente com sua palavra; até muitos deles para os
quais eu já havia preparado sepultura, ele fazia reviver somente com sua
palavra". Então disse o Inferno: "E é ele tão poderoso assim que pode
fazer tais coisas somente com sua palavra? E, sendo ele assim, tu porventura te
atreves a enfrentá-lo? Eu creio que diante de alguém como ele, ninguém poderá
opor-se. E o que disseste tê-lo ouvido exclamar, expressando seu temor diante
da morte, disse-o sem dúvida, para rir-se de ti e enganar-te, para poder
desafiar-te com seu poder. E então, ai! ai de ti por toda a eternidade!"
Ao que Satanás respondeu: "ó Inferno, devorador insaciável de todos! Senti tanto medo assim ao ouvir falar de nosso
inimigo comum? Eu nunca lhe tive medo, e bem que aticei os judeus, e eles o
crucificaram e deram-lhe de beber fel com vinagre. Prepara te, então, para que
quando venha possa subjugá-lo firmemente". O Inferno respondeu:
"Herdeiro das trevas, filho da perdição, caluniador, acabas de dizer-me
que ele fazia reviver somente com sua palavra a muitos dos que tu havia preparado
para a sepultura; se, pois, ele livrou outros do sepulcro, como e com que
forças nós seremos capazes de subjugá-lo? Há pouco tempo devorei um cadáver
chamado Lázaro; porém, pouco depois, um dos vivos, somente com sua palavra,
arrancou-o à força das minhas entranhas.
E penso que ele é o mesmo ao qual tu te
referes. Se, pois, viermos a recebê-lo aqui, tenho medo de que corramos perigo também
com relação aos demais porque deves saber que vejo agitados todos os que
devorei desde o princípio, e sinto dores na minha barriga. E Lázaro, aquele que
me foi arrebatado anteriormente, não é um bom presságio, pois voou para longe
de mim, não como um morto mas sim como uma águia: tão rapidamente arremessou-o
fora da terra. Assim, pois, conjuro-te por tuas artes e pelas minhas, não o tragas
aqui. Tenho para mim que o fato de ele ter-se apresentado em nossa mansão quer
dizer que todos os mortos cometeram pecado. E considera que, pelas trevas que possuímos, se o trouxeres aqui, não me
restará nem um só dos mortos".
Enquanto
Satanás e o Inferno diziam tais coisas entre si, produziu-se uma grande voz como
um trovão, que dizia: "Elevai, ó príncipes, vossas portas; descerrai, ó
portas eternas, eo Rei da Glória
entrará". Quando o Inferno ouviu isto, disse a Satanás: "Sai, se és
capaz, e enfrenta-o". E Satanás saiu. Depois o Inferno disse para seus
demônios: "Trancai bem e fortemente
as portas de bronze e os ferrolhos de ferro; guardai minhas fechaduras e examinai
tudo o que está em pé, pois, se aquele entrar aqui, ai! apoderar-se-á de
nós". Os pais que ouviram isto começaram a fazer-lhe zombarias dizendo:
"Comilão insaciável, abre para que
o Rei da Glória entre".
E o profeta Davi disse: "Não sabes, cego, que
estando eu ainda no mundo, fiz esta profecia: "Elevai, ó príncipes, vossas
portas!?'"Isaías por sua vez disse: "Eu, prevendo isto pela virtude
do Espírito Santo, escrevi: "Os mortos
ressuscitarão e os que estão no sepulcro levantar-se-ão e os que vivem na terra alegrar-se-ão'; e onde estão, ó morte, teus
grilhões? Aonde, Inferno, a tua vitória?
"Então, de novo veio uma voz que dizia: "Levantai as
portas". O Inferno, que ouviu repetir
esta voz, disse como se não se apercebesse: "Quem é este Rei da
Glória?" E os anjos do Senhor responderam: "O Senhor forte e
poderoso, o Senhor poderoso na batalha". E
num instante, à convocação de conjuração desta voz, as portas de bronze
se tornaram pequeninas e os ferrolhos de
ferro ficaram reduzidos a pedaços, e todos os defuntos acorrentados viram-se livres de suas
correntes, e nós dentre eles. E entrou o Rei da Glória na figura humana, e todos os antros escuros
de Inferno foram iluminados. Em seguida o Inferno começou a gritar: "Fomos
vencidos, ai de nós! Mas quem és tu, que possuis tal poder e força? Quem és tu,
que vens aqui sem pecado? Aquele que é pequeno na aparência e pode grandes
coisas, o humilde e o excelso, o servo e o senhor, o soldado e o rei, aquele
que tem poder sobre os vivos e os mortos? Foste pregado à cruz e colocado no
sepulcro, e agora ficaste livre e desfizeste nossa força. Então, por
conseguinte, é tu Jesus, de quem nos falava o grande sátrapa Satanás, que pela
cruz e pela morte tornar-te-ias dono de todo o mundo? "Então o Inferno
encarregou-se de Satanás e disse-lhe: "Belzebu, herdeiro do fogo e da tempestade,
inimigo dos santos, que necessidade tinhas de providenciar para que o Rei da Glória
fosse crucificado e que viesse depois aqui e nos despojasse? Vira-te e olha que
em mim não ficou nenhum morto, pois que
tudo o que ganhaste pela árvore da ciência puseste a perder pela cruz. Todo o teu gozo
converteu-se em tristeza, e a pretensão de matar o Rei da Glória provocou tua própria morte. E, uma
vez que te recebi com a recomendação de subjugar-te fortemente, aprenderás com
a própria experiência quanto mal sou capaz de infligir-te. Ó chefe dos diabos, princípio da morte, raiz
do pecado, final de toda a maldade, que encontraste de mal em Jesus para buscar
sua perdição? Como tiveste coragem para perpetrar um crime tão grande? Por que
te ocorreu fazer um varão como este descer até
estas trevas, pois as despojou de todos os que morreram desde o
princípio? "Enquanto o Inferno
admoestava assim Satanás, o Rei da Glória estendeu sua mão direita e com ela pegou e levantou o primeiro pai Adão.
Depois dirigiu-se aos demais e disse-lhes: "Vinde aqui comigo todos os que
foram feridos de morte pelo madeiro que me tocou, pois eis aqui que eu vos
ressuscito pela madeira da cruz". E com isto levou todos para fora. E o
primeiro pai Adão apareceu transbordante de gozo e dizia: "Agradeço, Senhor,
tua magnanimidade por me haveres tirado do mais profundo Inferno". E também todos os profetas e santos disseram:
"Damos-te graças, ó Cristo Salvador do mundo, porque tiraste nossa vida da
corrupção". Depois de assim haverem falado, o Salvador abençoou Adão na
testa com o sinal da cruz. Depois fez a mesma coisa com os patriarcas,
profetas, mártires e progenitores. E a seguir
pegou-os a todos e deu um salto do Inferno. E enquanto ele caminhava, os santos
pais seguiam-no cantando e dizendo: "Bendito aquele que vem em nome do
Senhor. Aleluia! Sejam para ele os louvores de todos os santos". Ia,
então, a caminho do paraíso levando pela mão o primeiro pai Adão. E ao chegar, entregou-o,
assim como os demais justos, ao arcanjo Micael. E quando entraram pela portado
paraíso, saíram dois anciãos, aos quais os santos pais perguntaram: "Quem
sois vós, que não viestes a morte nem descestes ao Inferno, mas viveis de corpo
e alma no paraíso?" Um deles respondeu e disse: "Eu sou Enoch, aquele
que agradou ao Senhor e foi trazido aqui por Ele; este é Elias e Tesbita; ambos
seguiremos vivendo até a consumação dos séculos; então seremos enviados por
Deus para enfrentar o anticristo e ser mortos por ele, e ressuscitar no
terceiro dia, para depois sermos arrebatados pelas nuvens ao encontro do Senhor".
Enquanto eles assim se expressavam, veio outro homem de aparência humilde, que levava
ainda sobre os seus ombros uma cruz. Os santos pais disseram-lhe: "Quem és
tu, que tens o aspecto de ladrão, e que é essa cruz que leva sobre teus
ombros?" Ele respondeu: "Eu, segundo dizes, era ladrão e assaltante
no mundo e por isso os judeus prenderam-me e entregaram-me à morte na cruz
juntamente com Nosso Senhor Jesus Cristo.
E enquanto ele pendia na cruz, ao ver os prodígios que se
sucederam, acreditei e roguei a ele dizendo: "Senhor, quando reinares, não
te esqueças de mim'. E ele logo disse-me: "Em verdade em verdade te digo,
hoje mesmo estarás comigo no paraíso'. Vim, pois, com minha cruz nas costas até
o paraíso e, encontrando o arcanjo Micael, disse-lhe: Nosso Senhor Jesus,
aquele que foi crucificado, enviou-me aqui; leva-me, então, até a porta do
Éden'. E quando a espada de fogo viu o sinal da cruz, abriu-me a porta e
entrei. Depois o arcanjo disse-me: "Espera um momento, já que também deve
ir o primeiro pai da raça humana, Adão, em companhia dos justos, para que eles
também entrem. E agora, ao vê-los, saí ao vosso
encontro'. "Quando os santos ouviram isto, exclamaram em voz alta
da seguinte maneira: "Grande é o nosso Senhor e grande é o seu
poder". Tudo isto nós vimos e ouvimos, os dois irmãos gêmeos, que fomos
também enviados pelo arcanjo Micael e designados para pregar a ressurreição do
Senhor antes de ir até o Jordão e sermos batizados. Para ali fomos e fomos
batizados juntamente com outros defuntos
também ressuscitados; depois viemos a Jerusalém e celebramos a Páscoa da ressurreição.
Mas agora, na impossibilidade de permanecermos aqui, vamo-nos. Que a caridade,
então, de Deus Pai e a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo e a comunicação dos Espírito Santo estejam convosco". E, uma
vez isto escrito e fechados os livros, deram a
metade aos pontífices e a outra metade a José e a Nicodemus. Eles, por sua vez, desapareceram imediatamente
para a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém." Na versão da patrística ou pais da Igreja do primeiro século.
III> MAS A GRANDE
PERGUNTA QUE NÃO QUER
CALAR EM TODOS NÓS; O QUE
FAZEM OS CONDENADOS NO INFERNO POR TANTOS E TANTOS ANOS ?
Sobre esse assunto assim se expressa padre Vieira
em seu sermão;
“ A grande dúvida não examinada e nem resoluta até agora e a solução não outra senão o que
eu dizia. Tudo o que obra se padece no inferno, ou o faz
Deus ou o fazem os condenados; O
que faz Deus é ordenado e ordenadíssimo,
o que fazem os condenados é suma
desordem. E pergunta Vieira o que faz Deus no inferno?
A sua justiça decreta as penas, a sua misericórdia as
modera, a sua sabedoria as distribui e a sua onipotência as executa, e com tal
ordem, proporção e medida que todas
juntas ainda que tão terríveis e
espantosas resulta no mesmo inferno uma consonância e harmonia pouco menos celestial e verdadeiramente divina; Nos tormentos
ou mais ou menos graves, ou mais ou menos agudos que fazem as vozes; a diferença nas figuras,
a eternidade dos tempos, a igualdade o compasso e o fogo, que é órgão das
dores, tanto se levanta ou se abaixa a
pena, quanto é consonante a sua culapa....
E o que fazem os
condenados no mesmo inferno? Não se pode dizer e nem imaginar a desordem, a confusão
horrendíssima daquele caos, concorde só
no tumulto perturbadíssimo dos afetos e dos desafetos e paixões com estrondo confusissimo dos bramidos e dos alaridos tremendos , com que aquela multidão imensa de línguas
sacrílegas blasfemam a Deus no céu...
Ali arde o ódio, morde-se
a inveja, escuma a ira, a desesperação
da raiva, grita furiosa a dor dos condenados, desafoga-se sem nunca desafogar-se, converte-se a vingança
em injúrias, em opróbrios, em maldições contra o sempre e mais e mais
odiado Deus e amados Deus. De todos os seus atributos e de todos os benefícios
divinos se ouve ali em desentoados clamores
a sua afronta, a justiça se chama injusta, a bondade se transforma
iníqua, a misericórdia se torna cruel, a liberdade fica avara, a piedade ímpia,
a sabedoria se torna em ignorância, e até a onipotência se torna fraca e covarde, como empregada somente aos
manietados e miseráveis. No Pai
se blasfema a sua criação, no Filho a redenção, no Espírito Santo
a justificação e a graça, e na
humanidade sacrossanta a humildade, a
pobreza, a paciência, a obediência, a cruz de Cristo, e o mesmo sangue pago com
seu infinito preço, derramado para apagar as mesmas chamas do inferno que as acende, que as atiça, que assopra
sempre mais e mais. Amigos e irmãos esta é a suma dissonância que lá há no
mesmo inferno, é suma confusão das almas penadas, e sua desordem que nos fala e considerava Jó em seu sofrimento. E porque
há uma tal desordem no mesmo
inferno? E totalmente infernal como concebida e não proveniente da divina justiça de Deus, senão
que é proveniente da maldade dos mesmos condenados, por isso que com igual propriedade que do inferno se
tira como lição o sumo horror...”
APLICAÇÃO DA MENSAGEM - AS DORES E O CASTIGO NA LÍNGUA DO RICO E AVARENTO
Meus irmãos vejamos na parábola que é pintada por Cristo com suas palavras bem concatenadas e bem coligidas,o rico se lembra após a sua morte dos seus parentes e dos seus irmãos, e deseja ir evangelizá-los, mas depois de convencer-se de que ele não poderá sair de lá, ele pede ao Pai Abraão para que ele envie alguém e que vá ate a sua casa paterna, e avise o seus irmãos.E agora vejamos irmãos; ele sabe quantos irmãos tem, ele está consciente, ele raciocina, ele entende, ele se comunica, e de repente ele vê a Lázaro o mendigo e miserável que sempre estava ao lado de sua casa esmolando, ele sabia que Lázaro estava doente, e ele verifica de que Lázaro estava bem agora, mas ele agora estava e muito mal. Conforme nos descreve Lucas (Luc.16:23) "E o rico no inferno estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Lázaro no seio de Abraão..." Lázaro Mas há uma outra coisa que me chama a atenção neste texto, é de que o rico se lembra de tudo isso. Mas há uma parte de seu corpo, uma parte de seus membros que mais lhe doía, era a sua língua e a sua garganta; e nós lhes perguntamos; o por que de tudo isso? porque a sua língua e a sua garganta lhe doíam tanto?
"E disse mais o rico; Pai Abraão manda a Lázaro que molhe em água o dedo e me refresque a língua porque estou atormentado nesta chama..." (Luc. 16;24)A resposta possível eram as blasfêmias que ele desferia contra as autoridades e contra o misericordioso Deus no inferno. Mas creio que a resposta sobre este assunto vem do mesmo apóstolo Tiago que nos fala sobre a língua e sobre os cuidados com a nossa língua na difamação e calúnia, no capítulo três assim ele nos diz: (Tiago 3:1-10)" Ora a língua é fogo, a língua é um mundo de iniquidade, a língua está situada entre os membros do mesmo corpo e ela contamina o corpo inteiro,e ela não só põe em chamas toda a carreira da existência humana como também ela mesma é posta em chamas pelo inferno". Ora aqui está a grande advertência a todos nós cristãos piedosos; Enquanto que os seres angelicais descritos no livro do apocalipse os querubins cantores selecionados estavam dia e noite louvando a Deus dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus que era, que é, e que há de vir...e os outros seres infernais estão do lado de lá, fazem o contrário e dia e noite estão blasfemando ao autor de toda a criação em Cristo. E nos acrescenta Tiago dizendo no mesmo texto: Ora toda sorte de feras e animais se doma e tem sido domados pelo gênero humano, mas a língua nenhum dos homens é capaz de domar, pois ela está carregada de veneno mortífero.
Os espíritos que causam a tempestade no inferno, são as tempestade das injúrias e da contínua blasfêmia a Deus. E assim nestes termos se expressa Santo Agostinho dizendo:
"Para inteligência deste pensamento havemos de supor com a sentença comum dos teólogos que no inferno somente são punidos e castigados os pecados cometidos nesta vida. Os outros pecados que se cometem no inferno, tais como as contínuas blasfêmias e injúrias a Deus,não se castigam lá com nova pena, Segue-se que nesta terceira parte do inferno cessa totalmente harmonia e tudo resulta em nova dissonância e vem uma circunstância de horror incomparavelmente mais tremenda e tempestuosa, Pois os pecados que são cometidos nesta vida e vingados por Deus em Cristo, fazem a harmonia no inferno, porque a pena proporcionada está sempre junto da culpa,porém os pecados que se cometem no inferno como uma nova culpa não correspondem a nova pena, e em lugar daquela harmonia fazem uma nova dissonância tempestuosa, tanto maior quanto mais horrenda, quando o ódio e o desprezo por Deus é o maior pecado e não tem perdão, nem nesta vida e nem na eternidade nos fala o apóstolo João: "é pecado para a morte". E ainda nos acrescenta Santo Agostinho dizendo: Aqui está Deus ofendido mas vingado na cruz de Cristo, Lá no inferno não é mais vingado e mais e mais ofendido, fica uma pena de pecado sem perdão. Aqui triunfa a justiça e desagrava-se o poder, lá prevalece o delito e a culpa e eterniza-se o agravo, aqui na terra o fogo da pena apaga a ofensa em Cristo,Lá no inferno o pecado da impunidade da culpa acende a injúria"...Esta é segunda morte onde serão lançados todos os que foram julgados e punidos, e serão lançados no lago de fogo junto com a morte e o todo o inferno blasfemador, é o que nos fala o livro do apocalipse (Ap.20:14) Santo Agostinho em seu artigo Pena e Castigo.
Irmãos o que me espanta é que Deus não somente esteja no céu como também no mesmo inferno, conforme nos diz o salmo 139 “ ...Se subo aos céus lá estás, mas se desço ao mais profundo inferno lá estás também... E daí se conclui que Deus padece no mesmo inferno com suas criaturas rebeladas, e que Deus por sua imensidão não só esteja no céu como também está no mesmo inferno que ele criou para as suas criaturas rebeladas. De modo que pode padecer sim, e padece com suas criaturas. Como vimos Deus padecendo em Cristo na cruz do calvário, e como Cristo padeceu e padece no mesmo inferno as suas injúrias, e assim Deus padece no inferno, conforme temos visto quando Cristo vai descer a mansão dos mortos logo após a sua crucificação ele desceu aos infernos para resgatar os seus escolhidos que ficaram presos nas trevas por tantos e tantos anos. Deus manda que meu coração o ame, que a minha língua o louve, porém não pode mandar que meu coração o aborreça e nem que minha língua o blasfeme. Portanto irmãos e amigos o nosso caminho é nos reconciliarmos com Deus através de seu filho Jesus Cristo que nos trouxe o ministério da reconciliação. Que o nosso Bondoso Deus abençoe a todos nós e nos de a sua paz.
Alfonso Czaplinski
APLICAÇÃO DA MENSAGEM - AS DORES E O CASTIGO NA LÍNGUA DO RICO E AVARENTO
Meus irmãos vejamos na parábola que é pintada por Cristo com suas palavras bem concatenadas e bem coligidas,o rico se lembra após a sua morte dos seus parentes e dos seus irmãos, e deseja ir evangelizá-los, mas depois de convencer-se de que ele não poderá sair de lá, ele pede ao Pai Abraão para que ele envie alguém e que vá ate a sua casa paterna, e avise o seus irmãos.E agora vejamos irmãos; ele sabe quantos irmãos tem, ele está consciente, ele raciocina, ele entende, ele se comunica, e de repente ele vê a Lázaro o mendigo e miserável que sempre estava ao lado de sua casa esmolando, ele sabia que Lázaro estava doente, e ele verifica de que Lázaro estava bem agora, mas ele agora estava e muito mal. Conforme nos descreve Lucas (Luc.16:23) "E o rico no inferno estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Lázaro no seio de Abraão..." Lázaro Mas há uma outra coisa que me chama a atenção neste texto, é de que o rico se lembra de tudo isso. Mas há uma parte de seu corpo, uma parte de seus membros que mais lhe doía, era a sua língua e a sua garganta; e nós lhes perguntamos; o por que de tudo isso? porque a sua língua e a sua garganta lhe doíam tanto?
"E disse mais o rico; Pai Abraão manda a Lázaro que molhe em água o dedo e me refresque a língua porque estou atormentado nesta chama..." (Luc. 16;24)A resposta possível eram as blasfêmias que ele desferia contra as autoridades e contra o misericordioso Deus no inferno. Mas creio que a resposta sobre este assunto vem do mesmo apóstolo Tiago que nos fala sobre a língua e sobre os cuidados com a nossa língua na difamação e calúnia, no capítulo três assim ele nos diz: (Tiago 3:1-10)" Ora a língua é fogo, a língua é um mundo de iniquidade, a língua está situada entre os membros do mesmo corpo e ela contamina o corpo inteiro,e ela não só põe em chamas toda a carreira da existência humana como também ela mesma é posta em chamas pelo inferno". Ora aqui está a grande advertência a todos nós cristãos piedosos; Enquanto que os seres angelicais descritos no livro do apocalipse os querubins cantores selecionados estavam dia e noite louvando a Deus dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus que era, que é, e que há de vir...e os outros seres infernais estão do lado de lá, fazem o contrário e dia e noite estão blasfemando ao autor de toda a criação em Cristo. E nos acrescenta Tiago dizendo no mesmo texto: Ora toda sorte de feras e animais se doma e tem sido domados pelo gênero humano, mas a língua nenhum dos homens é capaz de domar, pois ela está carregada de veneno mortífero.
Os espíritos que causam a tempestade no inferno, são as tempestade das injúrias e da contínua blasfêmia a Deus. E assim nestes termos se expressa Santo Agostinho dizendo:
"Para inteligência deste pensamento havemos de supor com a sentença comum dos teólogos que no inferno somente são punidos e castigados os pecados cometidos nesta vida. Os outros pecados que se cometem no inferno, tais como as contínuas blasfêmias e injúrias a Deus,não se castigam lá com nova pena, Segue-se que nesta terceira parte do inferno cessa totalmente harmonia e tudo resulta em nova dissonância e vem uma circunstância de horror incomparavelmente mais tremenda e tempestuosa, Pois os pecados que são cometidos nesta vida e vingados por Deus em Cristo, fazem a harmonia no inferno, porque a pena proporcionada está sempre junto da culpa,porém os pecados que se cometem no inferno como uma nova culpa não correspondem a nova pena, e em lugar daquela harmonia fazem uma nova dissonância tempestuosa, tanto maior quanto mais horrenda, quando o ódio e o desprezo por Deus é o maior pecado e não tem perdão, nem nesta vida e nem na eternidade nos fala o apóstolo João: "é pecado para a morte". E ainda nos acrescenta Santo Agostinho dizendo: Aqui está Deus ofendido mas vingado na cruz de Cristo, Lá no inferno não é mais vingado e mais e mais ofendido, fica uma pena de pecado sem perdão. Aqui triunfa a justiça e desagrava-se o poder, lá prevalece o delito e a culpa e eterniza-se o agravo, aqui na terra o fogo da pena apaga a ofensa em Cristo,Lá no inferno o pecado da impunidade da culpa acende a injúria"...Esta é segunda morte onde serão lançados todos os que foram julgados e punidos, e serão lançados no lago de fogo junto com a morte e o todo o inferno blasfemador, é o que nos fala o livro do apocalipse (Ap.20:14) Santo Agostinho em seu artigo Pena e Castigo.
Irmãos o que me espanta é que Deus não somente esteja no céu como também no mesmo inferno, conforme nos diz o salmo 139 “ ...Se subo aos céus lá estás, mas se desço ao mais profundo inferno lá estás também... E daí se conclui que Deus padece no mesmo inferno com suas criaturas rebeladas, e que Deus por sua imensidão não só esteja no céu como também está no mesmo inferno que ele criou para as suas criaturas rebeladas. De modo que pode padecer sim, e padece com suas criaturas. Como vimos Deus padecendo em Cristo na cruz do calvário, e como Cristo padeceu e padece no mesmo inferno as suas injúrias, e assim Deus padece no inferno, conforme temos visto quando Cristo vai descer a mansão dos mortos logo após a sua crucificação ele desceu aos infernos para resgatar os seus escolhidos que ficaram presos nas trevas por tantos e tantos anos. Deus manda que meu coração o ame, que a minha língua o louve, porém não pode mandar que meu coração o aborreça e nem que minha língua o blasfeme. Portanto irmãos e amigos o nosso caminho é nos reconciliarmos com Deus através de seu filho Jesus Cristo que nos trouxe o ministério da reconciliação. Que o nosso Bondoso Deus abençoe a todos nós e nos de a sua paz.
Alfonso Czaplinski
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
1. Evangelho de Nicodemus - Livros Apócrifos Ciclo de
Pilatos -Tudo acontece como na divina comédia de Dante Aliguieri. Dois textos
apócrifos constituem o Evangelho de Nicodemus: Atos de Pilatos e Descida de
Cristo ao Inferno. Um em sequencia do outro e o completa, embora escritos em
épocas diferentes. Justino, em 150, menciona em seus escritos um texto chamado
Atos de Poncio Pilatos, narrando os
acontecimentos posteriores à
Crucificação. Descida de Cristo
ao Inferno - Editora Fonte Editorial,2005 Rua Barão de Itapetininga - SP -
Capital paginas 742-572 2005.
2. Padre Vieira
1608-1697 - Sermões de padre
Vieira Discurso Quatro - Decretos Horríveis de Deus - página 246- 272. Vale a
pena lembrar que o padre Vieira que era um ferrenho jesuíta e perseguidor dos protestantes na época, era um agostiniano grande parte de seus sermões foram baseados nas pregações e sermões de Santo Agostinho.Nisso Vieira se aproxima dos calvinistas, que parece que ele tanto combatia em suas mensagens. Em quase todos os seus sermões ele faz alusão ao
teólogo Santo Agostinho. E quando ele escrevia este sermão dos decretos
horríveis de Deus ele estava possível mente na cadeia. Pois ele foi cônsul
no Na Itália e na França; e pelo que
consta na história e ele dois anos preso e desterrado por ordem papal da época.
3. Livro de Santo Agostinho em Pena e Castigo, Textos
selecionados de teologia . - Santo Agostinho (354-430) foi um filósofo,
escritor, bispo e teólogo cristão africano, responsável pela elaboração do
pensamento cristão. Deixou uma obra literária gigantesca, foram 113 trabalhos,
224 cartas e mais quinhentos sermões [Biografia de Santo Agostinho]
4. A Divina Comédia de Dante Alighieri - Escritor italiano
que viveu nos anos de 1265-1321, estudou ciências, artes e teologia. E foi
preso e exilado, e na prisão escreveu o poema de a Divina comédia, que se
tronou em clássico da literatura universal. Onde autor nos fala em tom poético
os horrores do inferno, e os cuidados para não se ir para lá. Aqui Dante faz
uma analogia com o seu estado prisional da época, e na prisão onde ele mesmo
estava penando por motivo desconhecido.
4. Biblia Sagrada -
Textos selecionados da parábola de Lucas onde ele descreve os horrores
do inferno do rico avarento e os cuidados de que devemos ter para não ir ao
inferno. E Nessa parábola Cristo quer atingir os saduceus e aos fariseus que
não criam no inferno. Alias, os fariseus criam no inferno mas negavam a Deus
por suas atitudes, e os saduceus ao contrário não criam que existisse céu,
anjos ou inferno. Eram os ateus ou atoas da época de Cristo. (Luc. 16:19-31) e
os cuidados com a nossa linguagem, o pecado da blasfêmia aos homens, as
autoridades e Deus nosso supremo e misericordioso Deus. Escrito por São Tiago e
com bastante propriedade e fala sobre os perigos da nossa língua e da nossa
linguagem.
5.Textos Avulsos de Sermões pela Internet - e Livros avulsos de pregadores
(Tiago 3:1-13)